Quem são os três reis magos?

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Encontrei esse texto no site www.paroquiacristorei.com.br/mensag_6/.../Reis%20Magos.doc - e resolvi postá-lo pois acredito que precisamos aprender ou lembrar umas coisas interessantes sobre os Reis Magos.




OS TRÊS REIS MAGOS
(Is. 60,1-6; Ef. 2-6; Mt. 2,1.12)


Vocês conhecem a história dos 3 Reis Magos? Eles eram muito estudiosos e gostavam de conhecer todos os segredos da natureza.
No tempo em que Jesus nasceu, os Reis eram considerados sábios.
Vocês sabem o nome deles? Baltazar, Melquior e Gaspar.



BALTAZAR era um Rei que morava num castelo muito alto. Nesse castelo havia uma torre e um igreja em ruínas. O último padre já havia morrido e ninguém veio substituí-lo para ensinar as crianças.
Os pais também não levavam mais as crianças para a Igreja, não falavam de Deus aos seus filhos e nem as ensinavam a viver os verdadeiros valores.
A igreja ficou abandonada e o povo, sem fé.
O rei Baltazar andava muito triste, porque no seu país o povo só pensava nas coisas materiais, perdera a fé e se esquecera de Deus.
Um dia, o rei sonhou que uma mensagem lhe chegaria das alturas. Por isso, todas as noites mais claras, Baltazar subia à torre para olhar os astros. Olhava, olhava, e tentava descobrir uma estrela brilhante que lhe traria uma mensagem.
Numa dessas noites, Baltazar foi visitar a igreja em ruínas. Ao chegar à igreja, como estava muito cansado, deitou-se e adormeceu. E teve um sonho: viu uma linda criança surgindo no meio da escuridão, envolta em ouro e parecia um sol. E a criança falou a Baltazar: “quando você me ver na estrela, a hora da alegria estará próxima. Segue essa estrela que ela lhe trará a fé”. E a criança desapareceu.
A partir dessa visão, cada vez mais o rei procurava uma nova estrela no céu. Até que, um dia ele viu uma estrela que brilhava mais do que todas as outras, e nela havia uma criança deitada no berço, com os bracinhos abertos. A criança dizia: “Aproxima-se a hora, Baltazar!” A estrela se movimentava no céu como que apontando um caminho.
Baltazar voltou para o palácio e começou a arrumar suas coisas para a viagem. E ele ia pensando, que presente deveria levar ao menino da estrela. Lembrou-se do cheiro de incenso que queimava na igreja e preparou um lindo vaso com incenso para levar ao menino, filho do Rei, que ia nascer. E lá se foi Baltazar com seu camelo, seguindo a estrela.



Em um outro país, havia um outro rei chamado MELQUIOR. Ele andava muito triste porque no seu país havia muita guerra, violência e destruição. Os ladrões roubavam as casas e as pessoas andavam com muito medo. Os vizinhos brigavam entre si e não havia paz. Então, o rei Melquior fez uma reunião com todos os seus ministros para buscar uma solução para o seu país. Os ministros só encontravam soluções violentas: mais policiais nas ruas, armas mais pesadas, forca, pena de morte, leis mais rígidas, etc. Ninguém se entendia; e acabaram brigando entre si.
Nessa discussão, um dos ministros bateu na taça de ouro que estava na mesa e derramou todo o vinho na toalha. O Rei Melquior ficou muito aborrecido e permaneceu em silêncio olhando para a taça virada. No fundo da taça, estava uma estrela brilhante e uma criança deitada num berço com os bracinhos abertos. E a criança dizia: “quando você me ver na estrela, a hora da alegria estará próxima. Segue essa estrela que ela lhe trará a paz”. A partir daquele dia, o rei começou a procurar todos os dias, no céu, essa estrela brilhante. Até que um dia, lá no alto
ele viu aquela mesma estrela brilhante que aparecera na taça; e no meio estava uma criança deitada com os bracinhos abertos. Melquior ficou emocionado porque sabia que o tempo do nascimento estava próximo. Então, ele pediu para preparar a caravana para começar a viagem ao encontro do menino da estrela.
Arrumou o melhor presente que tinha: aquela mesma taça de ouro que estava na mesa da reunião. Saindo do palácio, iniciou a viagem seguindo a estrela que brilhava no céu.



O último rei mago chamava-se GASPAR e vivia na África. No seu reino o sol era muito forte e queimava as plantações e a terra. Quase não chovia. O povo vivia às margens dos rios onde se podia plantar verduras, frutas e outros alimentos. O rei Gaspar ia sempre ao rio junto com o povo para rezar e pedir chuva.
Mas, as águas do rio baixavam cada vez mais e a chuva não vinha. A seca foi aumentando e o povo vivia triste, com fome e com sede. Somente sobrou uma fonte que ficava no castelo, onde ainda havia muita água. Por isso, todo o povo se dirigia para o castelo a fim de pegar água. Mas, era tanta gente que a água começou a acabar. Muitos morriam de sede pelo caminho.
O rei ficou muito triste no dia em que acabou completamente a água do poço. Naquela noite, o rei Gaspar teve um sonho.
Sonhou que estava olhando o fundo do poço quando perdeu o equilíbrio. Para não cair dentro do poço ele teve que se agarrar a uma árvorezinha chamada Mirra. Era a única árvore que sobrara em todo aquele deserto seco e árido. A Mirra é uma pequena árvore que dá uns grãozinhos dentro da casca, que servem para aliviar o sofrimento das pessoas.
Assustado, o rei Gaspar percebeu que o fundo do poço estava todo iluminado. Ele também viu uma estrela brilhante com uma criança deitada num berço. E o menino dizia: “Quando você me ver na estrela, a hora da alegria estará próxima”. No mesmo instante começou a brotar muita água no poço, enquanto a estrela subia para o céu mostrando um caminho. E a criança desapareceu.
Gaspar acordou muito feliz com o sonho e convocou todo o povo para descer ao rio e rezar. Muita gente já havia morrido. De repente, atrás das nuvens, apareceram nuvens negras, com raios e trovões, desabando um grande temporal sobre o país.
Gaspar ficou emocionado e percebeu que a água do rio estava brilhando. E olhando para o céu, viu a mesma estrela do sonho, com a criança no berço, apontando um caminho. Agradecido, Gaspar resolveu ir atrás do menino da estrela. Mandou preparar a caravana e um presente especial para o menino: ele levou a mirra, que era um bálsamo feito com grãos daquela única árvore que sobreviveu a toda a seca do país, e estava junto ao poço do castelo.




Os três reis magos viram a mesma estrela com o menino, mas, um não sabia o que havia acontecido com o outro. Eles não se conheciam, mas, viajaram seguindo a mesma estrela, cada um por um caminho diferente, com muita certeza e esperança. Eles foram se encontrar somente perto de Jerusalém, quando pararam para descansar. Foi aí que os três rei magos se encontraram; eles se apresentaram um ao outro e descobriram que estavam seguindo a mesma estrela e procurando o mesmo menino. Eles ficaram muito contentes e felizes. Mas, quando olharam para o céu perceberam que a estrela havia desaparecido. Então eles ficaram muito tristes. Como seguir viagem se a estrela desapareceu?



Foi então que eles resolveram ir até o palácio de Herodes a fim de buscar informações a respeito do menino. Quando Herodes ouviu os magos falarem que o menino era rei, ficou muito preocupado. Chamou os sábios para saber o lugar certo onde o menino deveria nascer. E em seguida, Herodes avisou os magos para que ao voltarem da viagem dissessem a ele onde o menino estava.
Quando saíram do Palácio de Herodes, os reis magos enxergaram novamente a estrela e ficaram muito contentes. Seguindo a estrela chegaram até Belém onde encontraram aquele menino numa gruta, deitado num bercinho ao lado de seus pais. Os Reis Magos adoraram o Menino Jesus e entregaram os seus presentes:



Baltazar entregou o Incenso que trouxe da igreja e significava a abertura dos caminhos para a oração. Melquior entregou a Taça de Ouro que continha o vinho e significava que Jesus era o melhor presente, a jóia mais preciosa, que o Pai do Céu havia mandado. E Gaspar entregou a Mirra, o bálsamo usado para aliviar o sofrimento do povo e lembrava a paixão e morte de Jesus.

E o evangelho nos diz que os Reis Magos voltaram por outro caminho, cada um para o seu país, porque o anjo os avisara para não passarem pelo palácio de Herodes, em Jerusalém, porque ele pretendia matar o menino.



A Vida dos Reis Magos nos revela que a história é cíclica. Ao se aproximar o Terceiro Milênio percebemos que nós estamos vivendo hoje a mesma situação limite do tempo dos Reis Magos.
O País de Baltazar vivia na carência de Deus, num clima de materialismo profundo e ausência de fé. O templo destruído, a falta de sacerdotes, a irresponsabilidade dos pais que não educavam para Deus e para os verdadeiros valores.
O País de Melquior vivia numa situação de violência e guerra entre irmãos, numa total ausência de fraternidade. Todas as soluções para acabar com a violência era usar de mais violência.
O País de Gaspar vivia numa carência de água que simboliza hoje todas as dificuldades materiais que o povo está vivendo por causa do sistema econômico.

Vivemos hoje essa situação limite: a estrela não está mais no céu e o menino não está em Belém. A estrela está dentro de cada um de nós: temos que fazer uma viagem ao interior de nós mesmos para aprofundar a consciência sobre a realidade e a nossa participação na mudança dessa realidade, através da implantação e da vivência dos verdadeiros valores. Jesus também está dentro de nós com toda a força do Espírito Santo e seus dons para ajudar os homens e mulheres de boa vontade a levarem avante essa missão e essa responsabilidade.




Texto preparado por Catarina, Iara e Padre Magalhães, da Equipe da Missa das Crianças para a Festa da Epifania, em janeiro de 1998, a partir da leitura do livro “Lendas Natalinas”, de Jakob Streit, Editora Antroposófica

1 comentários:

Anônimo disse...

Meus irmãos,essa catequese irá sem duvidas me ajudar muitissimo,pois faço parte do caminho neocatecumenal e sou "mestre",o que na verdade quer dizer "membro que ajuda a catequisar as crianças".

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Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo lhe acompanhem!
Seu comentário é precioso.
Muito obrigada!
Afetuosamente,
Clécia e Sandra

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